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Fono e Odontologia

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O uso da eletromiografia na área de Fonoaudiologia e Odontologia permite uma análise precisa da atividade muscular durante movimentos específicos, contribuindo para uma compreensão mais profunda das interações entre os músculos e a mecânica da face.

EMG nos distúrbios da fala

A EMG fonoaudiológica pode ser usada para avaliar a atividade dos músculos responsáveis pela produção da fala, como os músculos da língua, lábios e laringe. Isso pode ser útil na identificação de distúrbios da fala, como disartria, em que a fraqueza ou a falta de coordenação muscular afeta a articulação das palavras.

Exemplo: Um paciente apresenta dificuldades na articulação das palavras, levando a uma fala pouco clara. Durante uma sessão de EMG fonoaudiológica, os eletrodos são colocados nos músculos da língua e dos lábios enquanto o paciente fala. Os resultados da EMG podem mostrar atividade muscular anormal, o que ajuda o fonoaudiólogo a diagnosticar e desenvolver um plano de tratamento.

EMG na Paralisia Facial

A EMG também pode ser útil no diagnóstico da paralisia facial, pois pode detectar problemas na condução dos sinais elétricos pelos nervos faciais ou lesões nos músculos do rosto. Um exemplo de como a EMG pode ser usada para diagnosticar a paralisia facial é o seguinte: Imagine que um paciente apresenta fraqueza no lado esquerdo do rosto, suspeitando-se de paralisia facial.

O médico realiza um exame de EMG inserindo eletrodos na região facial afetada. Durante o exame, se for observada uma diminuição significativa na atividade elétrica dos músculos do lado esquerdo do rosto em comparação com o lado direito, isso pode indicar uma lesão ou comprometimento do nervo facial esquerdo, confirmando o diagnóstico de paralisia facial.

EMG na coordenação muscular

A EMG pode ser usada para avaliar a coordenação muscular durante a fala e a deglutição. Isso é especialmente importante em casos de distúrbios neuromusculares que afetam a fala e a deglutição.

Exemplo: Um paciente diagnosticado com uma condição neuromuscular, como a esclerose lateral amiotrófica (ELA), está passando por avaliação fonoaudiológica. A EMG fonoaudiológica pode ser usada para registrar a atividade muscular durante a fala e a deglutição ao longo do tempo, permitindo ao fonoaudiólogo monitorar a progressão da doença e ajustar o tratamento conforme necessário.

EMG para Oclusão

A EMG da oclusão é usada para registrar a atividade elétrica dos músculos da mandíbula e da face enquanto o paciente realiza movimentos de oclusão (morder ou fechar a boca). Isso permite avaliar a atividade muscular envolvida na oclusão e identificar possíveis desequilíbrios musculares ou tensões anormais.

Exemplo 1: Um paciente apresenta dor na mandíbula e dificuldades na mastigação devido a uma possível má oclusão. Durante um exame de EMG da oclusão, eletrodos são colocados nos músculos da mandíbula e da face, e o paciente é instruído a morder várias vezes. Os resultados da EMG podem revelar atividade muscular anormal, indicando tensões excessivas em certos músculos e ajudando o dentista a diagnosticar e tratar o problema.

Exemplo 2: Um paciente com uma prótese dentária recebe um ajuste. Antes e depois do ajuste, a EMG da oclusão é realizada para medir a atividade muscular durante a mordida. Se houver uma melhora na atividade muscular após o ajuste da prótese, isso pode indicar uma resposta positiva ao tratamento.

EMG para Bruxismo

A EMG do bruxismo é usada para registrar a atividade elétrica dos músculos da mandíbula e do rosto durante os episódios de bruxismo. Isso permite ao profissional de saúde avaliar a intensidade do ranger dos dentes e a atividade muscular envolvida.

Exemplo: Um paciente relata dor na mandíbula e desgaste dental devido ao bruxismo noturno. Durante um exame de EMG do bruxismo, eletrodos são colocados nos músculos da mandíbula e do rosto, e o paciente é monitorado durante o sono. Os resultados da EMG revelam picos de atividade muscular que coincidem com os episódios de ranger dos dentes, confirmando o diagnóstico de bruxismo.

A EMG do bruxismo é uma ferramenta valiosa que ajuda os profissionais de saúde a avaliar a atividade muscular durante o bruxismo, diagnosticar o distúrbio e determinar a eficácia do tratamento. Isso permite uma abordagem mais precisa no manejo do bruxismo e na prevenção de complicações associadas, como desgaste dental e dor na mandíbula.

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